O futuro da indústria gráfica

post Impresul_agosto2022 08-1

Existe uma grande discussão se o papel vai resistir à era digital. Sim, acredito que o papel e a indústria gráfica têm futuro promissor no Brasil e no mundo.
O papel impresso é a ferramenta mais eficaz para a comunicação e temos no Brasil um potencial enorme de crescimento de leitura em camadas socialmente menos favorecidas da população.

Estudos e pesquisas mostram que a mídia impressa ainda é o principal recurso de marketing das empresas e consome pelo menos 50% do orçamento global de comunicação. Ela ainda é a ferramenta com maior retorno para a comunicação B-to-C e muitas empresas que tinham parado de imprimir catálogos, por exemplo, voltaram a fazê-lo a partir de 2015. O impresso deve atrair para as lojas online e offline, aumentando o tráfego e o valor do tíquete médio. Também, a percepção é que o impresso tem mais confiabilidade que a informação on-line. Além da credibilidade, o consumidor se concentra mais no impresso e com mais atenção capta melhor o conteúdo impresso.

Apesar do impacto das novas mídias, ainda temos grandes oportunidades para a expansão das gráficas brasileiras em diversos segmentos. O setor de embalagem tem crescido acompanhando o crescimento do PIB. Outros segmentos, como PDV (ponto de vendas), impressão em materiais novos como pisos, painéis e acessórios de automóveis, circuitos e componentes eletrônicos, tecidos e roupas crescem a ritmo de dois dígitos.

Por isso, mesmo com uma eventual diminuição da demanda do mercado editorial e publicitário, acredito na volta do mercado gráfico a um patamar superior ao de hoje. A história mostra que mídias também tradicionais como cinema, televisão e rádio sobreviveram e se adaptaram com o surgimento de novas tecnologias. Nesse caso não será diferente, o impresso ainda tem um longo futuro pela frente e as gráficas deverão estar preparadas para oferecer o tradicional impresso e ao mesmo tempo oferecer novas soluções.
Fernando garbarski
Diretor Impresul