Estamos com 40 dias de isolamento social em todo Brasil. A grande notícia foi que o isolamento social segurou a curva em muitos estados. A região sul foi um exemplo, assim como a região centro-oeste. Nossos números de mortes por milhão são muito longe da média do Brasil, média americana e europeia. Veja alguns números:
Apuração até 20 de abril na Europa e 24 de abril no Brasil
Itália: 401,9 por milhão
Espanha: 417,04 por milhão
Alemanha: 54,93 por milhão
EUA: 123,41 por milhão
Média Europa: 254 por milhão
Brasil: 15 por milhão
São Paulo: 24 por milhão
Amazônia: 46 por milhão
Rio Grande do Sul: 2,5 por milhão
A diferença do RS pro Brasil e Europa é espetacular. Estamos muito melhor e podemos começar a volta à normalidade com controles. Uma volta administrada com temperatura e pressão sob controles diários.
Nova etiqueta social, EPI’s de segurança em hospitais e empresas, testes que estão chegando e serão úteis para identificar os casos positivos, bem como fazer o tracking dos seus contatos serão necessários para essa nova etapa. O Rio Grande está pronto para a volta.
Por outro lado, o Brasil está em uma situação preocupante. Tão preocupante que presidente Trump cogita em fechar as fronteiras com nosso país. Justamente o país que hoje é o epicentro da pandemia mundial. O que isso mostra é um possível colapso de saúde no Brasil. Países que já estão numa fase mais avançada, nessa semana que estamos passando, já estavam entrando em uma curva descendente de mortos. Por aqui, estamos com a curva ainda ascendente de mortes e a uma velocidade de 10% ao dia. O Brasil ruma para 100 mortes por milhão em 30 dias e, se continuarmos nesse ritmo, 200 por milhão que é a média Europeia. Ou seja, algo está errado. Algo deu errado. Fizemos (não o RS e alguns outros estados bem sucedidos) um isolamento “Nem-Nem”. Nem trabalhamos e Nem seguramos a circulação do vírus. Ou seja, um desastre. Estamos correndo o risco de dar dois passos para trás e sermos obrigados a fazer lockdown no estilo europeu e americano. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, alguns do Nordeste e o Amazonas são os candidatos ao lockdown brasileiro.
As próximas semanas serão decisivas para o Brasil. Ou as mortes declinam como estão acontecendo em outros países, ou o desastre será eminente. Que o Rio Grande sirva de exemplo pra todo o país. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra!
Fernando Garbarski
Diretor Impresul Gráfica E Editora