Esse texto foi adaptado a partir de reportagem veiculada na imprensa em final de março de 2020. Estávamos, à época, ainda na fase inicial do contágio mas as suas conclusões permanecem plenamente válidas ainda hoje.
Não há, até o momento, casos registrados de transmissão do Coronavírus, causador da Covid-19, por meio de materiais impressos, como jornais, embalagens, cartões, papelão e impressos em geral. O comunicado é da International News Media Association (INMA), que informa ter recebido vários questionamentos sobre isso ao longo dos últimos dias.
Com base em orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH, da sigla em inglês), do John Innes Centre, centro independente de pesquisa e treinamento em ciências vegetais e microbianas da Inglaterra, do periódico científico The Journal of Hospital Infection e pesquisa de fontes secundárias, a INMA traz alguns dados relevantes.
Segundo a OMS, “a probabilidade de uma pessoa infectada contaminar mercadorias comerciais é baixa e o risco de pegar o vírus que causa a covid-19 em um pacote que foi transportado e exposto a diferentes condições e clima temperado também é baixo”. Para o Centro para Controle de Doenças (CDC) dos EUA, “pode ser possível para uma pessoa ser contaminada por tocar uma superfície que tenha o vírus, mas este não é considerado o principal meio de transmissão do vírus”.
Além disso, um estudo do NIH, em parceria com as universidades da Califórnia e de Princeton, publicado no New England Journal of Medicine, mostrou que o Coronavírus dura mais tempo em superfícies lisas e não porosas. Experimentos mostraram que o vírus não era viável após 24 horas em papelão, por exemplo, e a potência dele diminui razoavelmente na exposição ao ar. Em papeis tão ou mais porosos do que o papelão, a viabilidade do vírus é presumivelmente ainda menor.
Para a INMA, todas as evidências científicas sugerem que superfícies de papel porosas, estão protegidas contra o Coronavírus. De toda forma, diferentes jornais ao redor do mundo têm adotado medidas de higienização para proteção de funcionários que trabalham na impressão e na distribuição de suas versões impressas, bem como para a de seus leitores.
Muito embora não seja esse o principal meio de transmissão do vírus é muito importante a manutenção dos hábitos de higiene que vimos adotando como o uso de máscara, desinfecção das áreas de trabalho, lavar as mãos, usar álcool em gel com frequência, distanciamento entre as pessoas e procurar seguir as orientações dos órgãos públicos responsáveis pelo gerenciamento dessa crise.